A pandemia de COVID causou estragos na ordem mundial; as cadeias de abastecimento pararam, as fronteiras foram encerradas e a mobilidade global atingiu o seu nível mais baixo de sempre. Agora, à medida que as viagens internacionais se aproximam dos níveis anteriores à pandemia, o conceito de mobilidade global mudou drasticamente e mais pessoas do que nunca compreendem a fragilidade do sistema.
Este fenómeno de consciencialização está especificamente presente nos Estados Unidos, onde os detentores de um dos passaportes mais poderosos do mundo se apercebem de que, em tempos de extrema necessidade, o encontraram em falta.
Durante a pandemia, a pontuação de mobilidade do passaporte americano baixou mais de 50%, atingindo uns escassos 80 destinos sem visto em todo o mundo, o que o coloca ao nível da maioria dos passaportes.
Esta incapacidade de viajar quando era mais necessário levou os americanos a procurar outras soluções, mas não era qualquer opção que funcionava.
Cinco países das Caraíbas oferecem programas de cidadania por investimento, em que os candidatos podem obter o passaporte de um país através de uma doação para a economia da nação. No entanto, estes passaportes também ficaram aquém das expectativas durante a pandemia, e a sua fraca mobilidade em comparação com o passaporte americano significa que esta iniciativa não é de facto frutífera.
Os americanos rapidamente perceberam que ter acesso sem visto a uma área regionalizada era muito melhor do que ter um passaporte que poderia facilmente ver os seus poderes retirados. Entra em cena o visto gold português.
O visto gold (Golden Visa), um programa de residência por investimento, permite que os requerentes obtenham uma autorização de residência em Portugal através do investimento em categorias de investimento específicas, nomeadamente o investimento de 500.000 euros em fundos de investimento.
Os titulares de um visto gold não só podem aceder a Portugal sem visto, como também têm acesso a todo o Espaço Schengen, a enorme região de 26 países europeus diferentes sem fronteiras rígidas.
O termo fronteira dura é fundamental, uma vez que não há paragens entre Portugal e Espanha, França e Espanha, França e Itália, etc. Isto foi crucial durante os meses da pandemia, quando todas as fronteiras rígidas do mundo foram fechadas.
A ideia de regionalizar a liberdade de circulação é o que torna o golden visa um trunfo tão fantástico nos piores momentos, especialmente porque dá acesso a uma das principais zonas do mundo, a UE. Isto permite aos americanos com um visto gold complementar a sua já impressionante mobilidade global, mas com a capacidade de residir efetivamente num país da UE, se assim o desejarem.
Mas a situação é ainda melhor, uma vez que o golden visa apenas exige que os seus titulares residam sete dias por ano para o manter e - mais importante - para se qualificarem para a cidadania portuguesa; pode oferecer um enorme impulso em termos de mobilidade global dentro de cinco anos.
O passaporte português, que ocupa o 8º lugar no ranking mundial, é um magnífico documento de viagem, que permite o acesso sem visto a 185 destinos em todo o mundo, incluindo locais como a UE, o Reino Unido, o Canadá, os EUA e muitos outros.
Obter um passaporte da UE juntamente com um passaporte americano pode ser potencialmente a melhor combinação que o mundo tem para oferecer, acrescentando-lhe a possibilidade adicional de residir em qualquer parte da UE como cidadão da União, uma vez naturalizado, então é o melhor plano de contingência de mobilidade global em que alguém pode investir.
A simplicidade do visto gold, juntamente com os enormes benefícios, o caminho para a naturalização simplificada e a excelente oferta de países, têm sido os principais fatores de interesse para os investidores americanos. O número de requerentes do golden visa dos EUA aumentou cerca de um terço (32%) no ano passado, e não há sinais de que a tendência diminua tão cedo.
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